Sempre eles, eu / nada digo, Porto, vejo / só as tuas cores as tuas / gentes / os palavrões verdadeiros. / A boa Humanidade.
[Bolhão]
Invictamente andam os homens
pelos espaços vazios da
cidade
passam, pisam, vendem,
falham, furam, acenam,
dão, pedem, trocam
Trocam tintas, mas
não as tuas, Porto,
que o Douro ainda tem ´
o azul invicto, dizem
eles.
[Campo 24 de agosto]
Sempre eles, eu
nada digo, Porto, vejo
só as tuas cores as tuas
gentes
os palavrões verdadeiros.
A boa Humanidade.
[Heroísmo]
e vou com o Douro, autêntico,
reluzente, espelho,
com a maré de gentes
com o fluxo dos suspiros que
contam histórias de
raiva paixão abdicação resiliência
histórias quotidianas de
sacos das compras
[Campanhã]
Regresso a casa, e
como o rio corre
invariavelmente para
a foz,
também eu corro invariavelmente
de volta.
[Trindade, ligação com autocarro]
Escrito por: Carolina Bastos
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